Cenário
No início dos anos 2000 existiam cerca de 850 fábricas de refrigerantes regionais no Brasil, tais como a Xereta, a Garoto, os refrigerantes Jesus e muitas outras, até mesmo a Tubaína, lembra? Só que em razão da concorrência esmagadora das grandes corporações internacionais de bebidas, além de uma enorme carga tributária, muitas dessas fábricas foram obrigadas a fechar as portas, o que provocou a demissão de mais de 48 mil pessoas.
No ano de 2005 foi criada a Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil – Afrebras com o propósito de defender os interesses dos 238 pequenos e médios fabricantes de refrigerantes que restaram no mercado.
Um dos desafios da Entidade era resolver a questão tributária e também melhorar a imagem dos empresários do setor que eram tachados de sonegadores e até chamados de “os tubaínas”. Inclusive existia o conceito de que eles pagavam menos impostos do que as grandes corporações que, naquela época, já controlavam mais de 90% do mercado de bebidas no Brasil.
Estratégias de Comunicação utilizadas para reverter este quadro
Estrategicamente planejamos que o lançamento da Entidade seria em São Paulo - por ter maior concentração de fábricas e também de veículos de comunicação.
Para atrair a imprensa, apresentamos um estudo da tributação do setor de bebidas no País, que foi elaborado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT.
Com o estudo conseguimos demonstrar as distorções tributárias do setor e comprovar que as pequenas e médias fábricas pagavam mais impostos que as grandes corporações internacionais - por que elas se beneficiavam das isenções tributárias oferecidas pela Zona Franca de Manaus, enquanto as pequenas fabricas não tinham nenhum incentivo ou privilégio.
Como planejado, o lançamento da Afrebras, com a divulgação do estudo, foi um sucesso.
No dia seguinte o assunto estava estampado nos jornais de maior circulação do País, de norte a sul, e na mídia eletrônica também (rádio, televisões e portais de noticias).
O ponto alto da divulgação foi que, dias depois, o jornal A Folha de S.Paulo dedicou uma página inteira ao assunto – aliás, a notícia ocupou toda a capa do caderno “Mercado”.
Com a imensa repercussão do estudo conseguimos formar uma opinião pública favorável à causa dos pequenos e médios fabricantes de refrigerantes em todo o Brasil.
Agora precisávamos aproveitar o momento para chamar a atenção dos parlamentares a fim de sensibilizá-los para mudar a lei.
O poder da comunicação bem feita
Imprimimos mil cópias da matéria publicada pela Folha de S. Paulo e fizemos uma verdadeira maratona no Congresso Nacional, entregando a reportagem para cada um dos parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Também convidamos os deputados e senadores para um café da manhã, que foi servido no restaurante do Congresso Nacional mesmo. No encontro, ao qual compareceram muitos parlamentares, o presidente da Afrebras esclareceu com mais detalhes a distorção tributária do setor.
Ao final um dos parlamentares disse o seguinte: “Eu não sabia disso. As instituições e a sociedade precisam nos manter informados sobre temas de tão grande relevância econômica e social, inclusive para que as leis sejam aperfeiçoadas ou elaboradas de forma mais adequada”.
Ações pontuais e coordenadas com a imprensa levam ao sucesso
A partir desse momento, travamos uma ferrenha batalha com a concorrência na Câmara dos Deputados e no Senado Federal pela mudança da legislação.
Tendo a imprensa como aliada em todo o movimento, porque divulgávamos passo a passo as nossas ações. Após várias audiências, sessões plenárias e muitas discussões na Câmara e no Senado, e mesmo lutando contra as corporações gigantes do setor de bebidas, os pequenos produtores conseguiram seu objetivo: alterar a legislação do IPI e do Pis e da Cofins.
Resultado: conquistamos justiça tributária para o setor de bebidas do País, inclusive fazendo com que as grandes corporações passassem a pagar mais impostos.
Ou seja, aqueles empresários que antes eram conhecidos como sonegadores, hoje têm valorização, são ouvidos e respeitados no Congresso Nacional, na Receita Federal do Brasil, na Secretaria da Fazenda Nacional e em outros órgãos com os quais o presidente da Entidade atua. Continuam fabricando seus refrigerantes, gerando empregos em várias cidades do País, e produzindo riquezas como tantos outros empreendedores.
Essa importante vitória obtida pela Afrebras comprova o inegável poder da comunicação feita do jeito certo.
Se você estiver em uma situação semelhante, eu me coloco à sua disposição para te ouvir, entender seus objetivos de comunicação e te orientar no que for preciso para você alcançar as suas metas.
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Grande abraço
Lenilde Plá de León
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